A primeira e mais completa página sobre segunda voz do Brasil
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A segunda voz é, geralmente, o primeiro nome da dupla, exceto os nomes com asterisco (ler da direita para a esquerda).
17 de Agosto de 2015
© • Segunda Voz do Brasil • Prof. Jack Lima
Esta tese tem como objetivo analisar a lógica subjacente à definição e funcionamento da segunda voz, conforme proposta pelo professor Jack Lima. A partir de uma fundamentação teórica que enfatiza a dependência intrínseca da segunda voz em relação à melodia principal, esta investigação aborda os conceitos de finalização na fundamental da tonalidade e a estrutura de empilhamento hierárquico entre as vozes. Por meio de uma análise crítica e de exemplos práticos, discute-se como essa abordagem pode contribuir para uma compreensão mais aprofundada das relações harmônicas e melódicas na música tonal.
A análise das estruturas vocais na música tonal demanda a consideração de diversas variáveis, dentre as quais a relação entre as vozes se destaca como elemento central. Na perspectiva do professor Jack Lima, a segunda voz não surge de forma independente, mas é inerente à melodia principal. Este trabalho explora essa lógica, examinando seus fundamentos teóricos e suas implicações na prática musical. Ao compreender que a segunda voz existe desde o princípio, em virtude de sua dependência da melodia principal — definida como a linha melódica que encerra suas frases na fundamental da tonalidade —, abre-se um caminho para reavaliar a maneira como se interpretam as relações entre as vozes em arranjos e composições.
Segundo Jack Lima, a segunda voz não é um elemento que nasce no momento em que o segundeiro assume sua função. Ela já está presente na estrutura musical, uma vez que sua existência e identidade estão diretamente vinculadas à melodia principal. Essa perspectiva implica que a segunda voz é, essencialmente, um desdobramento da linha melódica principal, evidenciando uma relação de interdependência que molda a construção harmônica da peça.
Na abordagem de Jack Lima, a melodia principal é caracterizada por sua finalização na fundamental da tonalidade. Esse atributo não só a define como elemento central da composição, mas também a diferencia das demais vozes que assumem funções secundárias. Independentemente de ser classificada como primeira ou segunda voz, a melodia principal estabelece a base tonal e estrutural do arranjo.
A lógica de empilhamento proposta por Jack Lima estabelece que a segunda voz é aquela que se encontra imediatamente abaixo da primeira voz. Em outras palavras, a relação entre as vozes se configura de maneira hierárquica: se a melodia principal ocupa a posição de primeira voz, a segunda voz se posiciona logo abaixo dela, e vice-versa. Essa proximidade imediata favorece a integração harmônica e a continuidade melódica, assegurando que a função secundária complemente a linha principal sem romper a coesão tonal.
A metodologia adotada nesta tese combina uma abordagem teórica com a análise prática de exemplos musicais. Inicialmente, realiza-se uma revisão da literatura relativa à teoria das vozes na música tonal, enfatizando estudos que abordam a hierarquia e a função das vozes em contextos harmônicos. Em seguida, são apresentados e analisados trechos musicais e arranjos que ilustram a aplicação prática dos conceitos defendidos por Jack Lima. Essa análise comparativa busca evidenciar como a segunda voz, enquanto elemento derivado da melodia principal, opera na construção e manutenção da integridade tonal das composições.
A proposta do professor Jack Lima impõe uma reinterpretação dos processos de criação e execução das vozes musicais. Ao postular que a segunda voz é inerente à melodia principal, a abordagem rompe com a visão tradicional de que cada linha melódica surge de forma autônoma. Essa perspectiva enfatiza uma estrutura relacional, na qual a identidade de uma voz é definida não apenas por suas características internas, mas também pela sua posição em relação à linha melódica que a precede.
A lógica de empilhamento, ao definir que a segunda voz deve ser aquela imediatamente abaixo da primeira, favorece uma integração harmônica que se manifesta pela proximidade entre as vozes. Quando a melodia principal finaliza na fundamental da tonalidade, ela estabelece um ponto de repouso tonal que orienta a construção da segunda voz. Assim, a continuidade e o equilíbrio entre as vozes contribuem para a coesão estrutural da peça musical, reforçando a importância da hierarquia estabelecida pelo empilhamento.
A aplicação prática dos conceitos de Jack Lima pode ser ilustrada por meio de exemplos extraídos de parcerias musicais consagradas na música popular brasileira, particularmente no universo do sertanejo e da música caipira.
Esses exemplos demonstram que, dependendo do arranjo e da tradição interpretativa do duo, a melodia principal pode assumir diferentes posições hierárquicas. Ao integrar esses casos na análise teórica, reforça-se a ideia de que a lógica proposta por Jack Lima é flexível e capaz de explicar diversas configurações musicais, sempre enfatizando a interdependência e a relação estrutural entre as vozes.
A análise da lógica da segunda voz conforme apresentada por Jack Lima evidencia que a inter-relação entre as vozes é um elemento fundamental na construção da música tonal. Ao definir a segunda voz como um desdobramento da melodia principal e posicioná-la de forma imediata e hierarquicamente inferior à primeira voz, a abordagem ressalta a importância da continuidade tonal e do empilhamento melódico para a coesão harmônica. Essa perspectiva não só contribui para uma compreensão mais profunda dos processos composicionais, mas também propicia novas estratégias para a execução e interpretação musical.
Os exemplos práticos demonstram que, em contextos musicais distintos, a função da melodia principal pode ser atribuída tanto à primeira quanto à segunda voz, corroborando a ideia de que a hierarquia entre as vozes é definida pela estrutura relacional estabelecida na criação da melodia. Assim, a lógica da segunda voz, na visão de Jack Lima, representa uma ferramenta teórica poderosa que integra aspectos melódicos e harmônicos, estabelecendo parâmetros essenciais para a análise e a prática da música tonal.
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